Chega domingo à noite e você começa a se sentir angustiada e desanimada? Então esse artigo é para você!
Você sabia que a ansiedade tem uma relação direta com a expectativa?
Criar expectativa diante do que se quer, do que está por vir é maravilhoso, nos impulsiona para a vida. Contudo, quando provoca sofrimento, passa a ser considerada patológica, e traz muitas consequências à pessoa que está sofrendo, pois atua como gatilho para acionar sintomas. Então, quero falar hoje sobre o Transtorno da Ansiedade.
Pensando que a expectativa impulsiona positivamente o ser humano, é importante esclarecer que a ansiedade é algo natural, sendo essencial para nossa sobrevivência, pois é ela que vai nos alertar sobre as situações de perigos reais. Sendo assim, é natural que você se sinta ansiosa e preocupada com a nova semana de trabalho que a espera. Ainda mais nos tempos atuais, com a pressão por resultados e pela autocobrança que acometem muitos de nós.
Mas, a ansiedade pode se tornar um problema quando dispara o alerta de perigo em situações que não são perigosas, perigos não reais. Um exemplo que presenciei com frequência nas organizações era o medo extremo de ser desligada, ou medo de expor suas ideias em público e algo terrível acontecer com a pessoa naquela situação.
Outro sinal de que a ansiedade começa a se tornar um problema é a intensidade e a frequência na qual esses eventos e sintomas ocorrem. Percebemos que o nível de intensidade que acontece é um fator de risco que pode alterar o seu bem-estar, provocando vários sintomas que podem desencadear sofrimento psíquico e prejudicar o convívio social.
Mais um ponto a considerar é que a ansiedade não é um estado de constância. Ela oscila de acordo com os fatos e gatilhos que vão surgindo e a forma como você reage diante desses acontecimentos.
A pessoa ansiosa sofre de excesso de futuro. Sofre com temor e com a antecipação de algo que ainda não aconteceu. Isso gera instabilidade psíquica – principal característica da ansiedade.
Eu costumo dizer que a ansiedade é um sinal vermelho que se acende. Ela vem com o objetivo de levantar as suas defesas, sendo uma forma de proteção. Você pode estranhar esse tipo de conceito a respeito da ansiedade, porque ela é sempre colocada como vilã, como centro de todos os problemas que uma pessoa pode ter. Mas não, ela não é a inimiga simplesmente porque ela é uma reação, um sintoma.
Entenda
A ansiedade nada mais é do que uma saída que inconscientemente encontramos para encobrir a dor e um sofrimento originário. Ela pode ser o resultado de desejos não realizados, ou experiências traumáticas ocorridas na infância e que se manifestam na fase adulta em forma de sintomas. Somente é possível lidar com a ansiedade quando se descobre a sua principal causa. E, quando se consegue bancar essa descoberta, lidar e conviver com elas.
Não tem como pensar em ansiedade e consequentemente na pessoa ansiosa, e não voltar o olhar para o ser humano de uma forma sistêmica. O diagnóstico é importante, mas precisamos subjetivar o diagnóstico.
Mas, o que isso significa?
Isso nos diz que precisamos olhar para cada pessoa que sofre, em sua subjetividade, em sua particularidade e singularidade. Cada pessoa é única. Não podemos generalizar com o intuito de diagnosticar. O diagnóstico por si só não ajuda a pessoa sofredora. Ele apenas padroniza e a coloca num grupo. O importante é, além de nomear o sintoma, oferecer um lugar seguro de fala e escuta.
Pensando na questão do diagnóstico, é importante dizer que o Transtorno de Ansiedade foi dividido em 5 categorias, como pode ser visto aqui abaixo:
- Transtorno de pânico (TP);
- Fobias;
- Transtorno obsessivo compulsivo (TOC);
- Transtorno de estresse pós-traumático;
- Transtorno de ansiedade generalizada (TAG)
Nos distúrbios de ansiedade, a autoimagem é distorcida, a pessoa não se reconhece mais, o meio ambiente é considerado um risco, o futuro é inseguro, incerto e fica fora do seu controle.
Pensando nisso, é importante falar sobre os sintomas que o Transtorno de Ansiedade traz no corpo e na vida psíquica da pessoa.
Vem comigo!
Quero citar primeiramente os sintomas físicos, pois geralmente são eles que levam a pessoa a buscar ajuda de um profissional:
- Palpitações
- Falta de ar
- Sensação de sufocamento
- Suor excessivo
- Dores no peito
- Dor de barriga
- Agitação nas pernas e braços
- Tontura e/ou desmaio
- Náusea e/ou enjoo
- Zumbido no ouvido
- Problemas de garganta
- Enxaqueca
- Insônia
- Dor na mandíbula
- Bruxismo
Poderia citar vários outros sintomas físicos do Transtorno de Ansiedade, mas quero aproveitar esse espaço para falar também dos sintomas emocionais:
- Preocupação excessiva, baseados em interpretações irreais dos fatos
- Dificuldade de concentração
- Perda de memória de curto prazo
- Depressão
- Angústia
- Dificuldade de relaxar
- Oscilação brusca de humor
- Medo da morte
- Pensamentos negativos e pessimistas
- Medo excessivo e constante
- Mesmo estando tudo normal, tem a sensação de que algo ruim vai acontecer
- Paranoia
Esses são sintomas que trazem um enorme sofrimento para quem sente e têm impacto direto em sua vida como um todo. Reflete nas relações interpessoais, familiares, profissionais e sobretudo na relação da pessoa consigo mesma.
Mas eu te digo que existe saída, e que apesar de não se poder falar em “cura”, é possível conviver com a ansiedade sem conviver com os sintomas para sempre.
Se você se identificou com a maioria desses sintomas, não deixe de procurar ajuda de uma psicóloga. Ela poderá ajudar você. Você não está sozinha.
Sou Psicóloga, Coach e me dedico a saúde mental como o objeto principal do meu trabalho, sobretudo as temáticas que envolvem o estresse, esgotamento profissional (Síndrome de Burnout), ansiedade, depressão e suas implicações. Sou idealizadora da Plataforma Wélita Miranda de Saúde Mental, do Grupo de trabalho Saúde Mental das Mulheres, com Atendimento Psicológico Individual. Gosto de contribuir para o crescimento de quem me cerca e também aprender junto nesse convívio.
Integro esta carreira com consultorias voltadas para Gestão e Gente, onde aplico minha expertise de mais de 15 anos de atuação em grandes organizações multinacionais.
Nascida em Goiás e morando em São Paulo, sou uma pessoa leal aos meus valores, acredito na importância de promover às pessoas um lugar de fala e de desenvolvimento, para que possam olhar verdadeiramente para si mesmas e suas questões, em busca de bem-estar e saúde mental.
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